A retina é uma estrutura muito sensível e tem a função principal de captar a luz que entra no nosso olho e transformá-la em um estímulo nervoso a ser interpretado pelo cérebro. Na prática, ela parece muito com uma câmera fotográfica.
Por causa dessa tamanha importância, como você pode imaginar, a saúde da retina deve ser preservada o tempo todo para que não tenhamos nenhum prejuízo para a visão. Nesse sentido, toda doença precisa ser investigada e tratada o quanto antes, algumas delas de forma urgente, como é o caso do descolamento.
O QUE É UM DESCOLAMENTO DE RETINA?
Um descolamento acontece quando a retina se separa do tecido interno do olho, responsável por fornecer oxigênio e nutrientes para o seu funcionamento. Diante dessa falta de nutrição, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes para evitar que o dano seja permanente.
Boa parte dos casos de descolamentos acontecem quando o gel que preenche o nosso olho – chamado de humor vítreo – se desloca e puxa a retina com força suficiente para rasgá-la. Por outro lado, alguns pacientes desenvolvem esse quadro em função de complicações da saúde. Os diabéticos que já têm uma retinopatia, por exemplo, correm o risco de terem um inchaço e acúmulo de sangue entre a retina e o seu tecido, favorecendo a ruptura com o passar do tempo.
Apesar de indolor, um descolamento de retina ainda pode causar sintomas sutis que merecem a nossa atenção. O mais comum entre todos é a presença das chamadas moscas volantes, que são pequenos pontos pretos ou transparentes que flutuam no campo de visão. Além disso, é bom notar qualquer outro embaçamento, linha ou sombra que atrapalhe a visão periférica (lateral).
QUAIS OS FATORES DE RISCO?
De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia, são considerados pontos de alerta para um descolamento de retina:
- Alta miopia
- Histórico de catarata e/ou glaucoma
- Histórico de cirurgias oculares
- Lesão ocular grave
- Traumas oculares
- Rasgos ou descolamentos de retina no outro olho
- Histórico familiar
- Rotina de medicamentos para glaucoma e contração da pupila
COMO POSSO TRATAR UMA RETINA DESCOLADA?
Após o diagnóstico correto de um descolamento de retina, o que exige exames bem específicos, o oftalmologista sempre buscará a melhor alternativa para corrigir o problema e evitar complicações.
A retinopexia pneumática, por exemplo, é mais indicada para os casos em que o descolamento é provocado por buracos na retina. Em geral, esse procedimento consiste em injetar uma bolha de gás para empurrar a retina para a sua posição natural, forçando a aderência ao tecido. Até que o olho esteja totalmente recuperado, o paciente deve permanecer com a cabeça em uma posição específica e determinada pela equipe médica.
Já a vitrectomia, técnica mais comum, é utilizada para remover uma parte ou todo o humor vítreo, substituindo-o por uma bolha de ar, de gás ou de óleo. Dessa forma, também haverá uma quantidade suficiente da substância para empurrar a retina e mantê-la no local adequado.
Assim como qualquer outro procedimento cirúrgico, a retinopexia pneumática e a vitrectomia exigem cuidados para que a recuperação seja tranquila e segura. Nesse sentido, é importante que o paciente siga as recomendações médicas, tome os medicamentos receitados, evite esforços físicos e tire todas as demais dúvidas sobre o pós-operatório. Quem aplica o gás, por exemplo, deve ficar um tempo sem viajar de avião para que ele não aumente de volume e provoque uma maior pressão intraocular.
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