Todo ano, cerca de 110 mil crianças sofrem acidentes domésticos e precisam ser hospitalizadas. Dentre eles, muitos envolvem traumas oculares, onde os pequenos acabam ferindo, machucando ou perfurando os olhos, o que causa a maior parte dos casos de cegueira monocular (em apenas um dos olhos) nas crianças brasileiras. Especialmente os meninos, que fazem brincadeiras mais brutas com lutas, quedas e contusões, são os que correm mais riscos. Mas o que devemos fazer nesses casos? Em primeiro lugar, está sempre a PREVENÇÃO.
COMO PROTEGER OS OLHOS DAS CRIANÇAS?
O ponto de partida é a conversa com a criança: explique, de forma que ela entenda de acordo com sua idade, que qualquer “dodói” na região dos olhos deve ser informado o mais rápido possível para os pais, professores, ou para o adulto responsável que estiver por perto. O adulto deve pedir que a criança conte, com detalhes, o que foi que aconteceu com o olho e procurar sinais de traumas, como a vermelhidão e o lacrimejamento. As crianças costumam esconder ferimentos decorrentes de brigas, quedas ou as famosas “artes”, atividades que já haviam sido proibidas pelos pais, então elas devem ser encorajadas a relatar tais acontecimentos, sem insinuações de castigos, pela sua própria segurança.
Os acidentes costumam acontecer no ambiente doméstico. Com ênfase neste período em que o isolamento social e o “ficar dentro de casa” é uma atitude básica para a manutenção da saúde de toda a sociedade. Dessa forma, as crianças deixaram de frequentar ambientes como parques e a escola, e a casa onde vivem se tornou o ambiente para aventuras e exploração. Algumas mudanças podem ser feitas na rotina e nos hábitos familiares, para proteger os pupilos de queimaduras, perfurações, e infecções oculares.
Para prevenir queimaduras nos olhos, posicione sempre o cabo da panela virado para dentro do fogão, os produtos de limpeza devem se manter em prateleiras altas ou com tranca, fora do alcance das crianças e os fumantes devem tomar um cuidado redobrado ao segurar bebês de colo. As perfurações costumam ser causadas por objetos comuns, como lápis, tesouras, facas, plantas pontiagudas e até mesmo pelo bichinho de estimação. Permita apenas que as crianças mais velhas usem tais objetos sem supervisão. As crianças costumam coçar os olhos com frequência, e deve ser orientado que não o façam, pois as mãos podem ter entrado em contato com objetos ou locais contaminados, como a areia, e os vírus, bactérias ou protozoários presentes causam infecções graves nos olhos.
O QUE FAZER QUANDO ELES MACHUCAM OS OLHINHOS?
Se apesar de toda a cautela, seu filho ou aluno sofrer algum tipo de trauma ocular, fique atento a sintomas como a dor, vermelhidão, ardência e inchaço, que podem demorar algum tempo para aparecer. Em qualquer caso, deve ser agendada uma consulta no oftalmologista para que a gravidade da lesão seja avaliada e o tratamento correto seja indicado. No caso de perfurações, a criança deve ser encaminhada com urgência para um pronto-socorro, e não se pode comprimir os olhos com faixas ou tampões, e nem utilizar nenhum tipo de medicamento para aliviar a dor.
Acidentes, mesmo que considerados leves, exigem que os olhos da criança sejam monitorados com frequência pelo médico oftalmologista, para acompanhar de perto a evolução da lesão e do tratamento, a fim de prevenir que doenças oculares mais graves surjam em decorrência disso, como o glaucoma (aumento da pressão intraocular), que pode levar a perda da visão.
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Fonte:
– Revista Veja Bem (Conselho Brasileiro de Oftalmologia).